Na mesa da ceia, o peru, o panetone e as
frutas secas sempre estão presentes. Conheça um pouco da origem desta tradição.
O Natal está próximo e, com ele, resgatamos
todos os símbolos da tradição natalina. Enfeitamos o pinheiro com bolas e
laços, colocamos guirlandas nas portas e começamos a preparar a ceia. Uma
receita diferente aqui, uma nova sobremesa... Mas o peru, o panetone e as
frutas secas, sempre estão presentes na mesa. Você sabe de onde vem o costume
de servir estes alimentos na noite de Natal? Descubra aqui!
Peru: Ave especial
A tradição de servir a ave em grandes ocasiões teve origem nos EUA. Antes da
colonização inglesa, os índios norte-americanos serviam o peru, principalmente
nas épocas de colheita, como uma forma de comemoração. Esses povos
sempre serviam peru em oferendas e o considerava um símbolo de fartura, por ser
uma ave grande capaz de alimentar a muitos. Essa
tradição foi adotada pelos ingleses, que passaram a servi-lo nas datas
especiais. Ele é, também, o prato principal do Dia de Ação de Graças, um
importante feriado norte-americano. Aqui no Brasil, o hábito de comer o peru no
Natal foi incorporado às nossas tradições a partir da década de 1930.
É justamente porque é um prato capaz de alimentar a
muitos, que não pode deixar de falta numa bela Ceia de Natal Brasileira.
Panetone: Não dá para resistir
Esta delícia foi criada na Itália, mas há várias versões a respeito de sua
origem. A mais romântica conta que, no século XV, um jovem milanês chamado
Toni, apaixonou-se por Adalgisa, a linda filha de um padeiro, que não aprovava
o namoro. Para conseguir ficar perto de sua amada e impressionar o velho
padeiro, Toni empregou-se como ajudante na padaria. Lá, criou um maravilhoso
pão com frutas, de extrema delicadeza e sabor especial. O formato do pão,
totalmente diferente, imitava a cúpula de uma igreja. O jovem presenteou com o
pão o futuro sogro e assim conseguiu a tão sonhada permissão para se casar com
sua amada. O sucesso da receita foi imediato e a iguaria passou de Pani di Toni
(Pão de Toni) a ser conhecida como Panetone.
Outra versão conta que um chef de cuisine chamado Gian Galeazzo Visconti, duque
de Milão, em 1395, criou um pão diferente para uma festa. A receita fez um
sucesso incrível por causa do seu sabor rico e diferenciado. A partir daí, o
hábito de comer panetone em grandes ocasiões foi incorporada às tradições
natalinas italianas e, depois, em todo o mundo.
Frutas secas
O costume de servir frutas secas na ceia de Natal é antigo. Surgiu em Roma,
antes mesmo do cristianismo, como parte das celebrações do “solstício de
inverno” (a noite mais longa do ano, quando a Terra atinge o ponto mais
distante do Sol. No hemisfério norte, esse fenômeno acontece por volta do dia
21 de dezembro). Naquele tempo, era tradição presentear adultos e crianças com
uvas, tâmaras, ameixas ou pêssegos desidratados. Mas as frutas secas também
tinham um significado singular. Para os supersticiosos romanos, elas
representavam a abundância e a prosperidade, e eram amuletos contra a fome e a
pobreza.
Fonte: www.sadia.com.br
Confira quanto
você sabe sobre o significado e a história das festas natalinas com este teste
elaborado por Vinícius Queiroz Galvão, 27. Repórter de política da Folha
Online.
Imagem cedida pela Perdigão |
Outros Alimentos
Chester
Foi criado nos anos
80, pela Perdigão, para ser uma alternativa mais barata ao peru. O Chester não
é nome de um animal, mas de uma marca criada pela própria empresa. Ele é fruto
de um cruzamento de linhagens especiais de aves e tem bastante carne: 70% são
peito e coxa
Lentilha
Dizem que comer
lentilha na virada do ano traz sorte. Esse costume chegou ao Brasil com os
imigrantes italianos que acreditam no seguinte ditado: "Lenticchie a
capod´anno franchi tutto l´anno", ou seja, "Lentilha no Ano-Novo,
dinheiro o ano todo"
Rabanada
É uma tradição européia.
Em Portugal, o doce é conhecido como "fatia de mulher parida", pois
ele era dado às mulheres depois que davam à luz para aumentar a produção de
leite. Esse prato teria surgido como alternativa para aproveitar os restos de
pão duro, que eram jogados fora
Pernil
Também de origem européia,
o pernil é mais comum no interior de São Paulo. Nessa região, dizem que, como o
porco é um bicho que "fuça" a comida, comê-lo na passagem de ano faz
a vida ser empurrada para frente. Diferente das aves, que ciscam para trás e
fazem a pessoa regredir
Comida agridoce
Misturar frutas com
comida é uma tradição brasileira, influenciada por costumes indígenas e
africanos. O abacaxi com tênder, por exemplo, é uma criação do Brasil, já que o
abacaxi é uma fruta local. Já as cristalizadas e uvas-passas tiveram origem nos
países mediterrâneos
Outros Símbolos
Árvore
Antes
que se difundisse dos países do norte da Europa para o resto do mundo, após a
Primeira Guerra Mundial, a árvore fazia parte dos costumes pagãos dos antigos
povos nórdicos. Eles consideravam o pinheiro um símbolo de vida porque
permanece verde no inverno.
Papai Noel
Acredita-se
que a origem do Papai Noel esteja ligada ao bispo são Nicolau, que viveu na
Ásia Menor, no século 4º. Segundo a lenda, o bispo dava presentes às crianças
pobres, deixando-lhes pacotes enquanto dormiam.
Presentes sob a árvore
O
costume de pôr presentes sob a árvore de Natal começou durante o reinado de
Elizabeth 1ª, filha de Henrique 8º, na Inglaterra, no século 16. Ela promovia
festas natalinas e recebia muitos presentes. Como era praticamente impossível
receber diretamente todos os presentes que lhe eram dados, adotou-se o costume
de deixá-los sob uma grande árvore de natal montada nos jardins do palácio.
Cartões de Natal
Os
cartões de Natal surgiram na década de 40 do século 19, na Inglaterra. O
artista plástico e livreiro John Callicot Horsley, a pedido do então diretor do
Museu Britânico, sir Henry Cole, criou desenhos natalinos em um cartão com
espaço para escrever mensagens de boas festas.
Nas próxima postagens irei colocar uma receita de Peru de Natal, Tender Tradicional, Farofa de Castanhas e Rabanada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário