sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Símbolos do Natal



Na mesa da ceia, o peru, o panetone e as frutas secas sempre estão presentes. Conheça um pouco da origem desta tradição.
O Natal está próximo e, com ele, resgatamos todos os símbolos da tradição natalina. Enfeitamos o pinheiro com bolas e laços, colocamos guirlandas nas portas e começamos a preparar a ceia. Uma receita diferente aqui, uma nova sobremesa... Mas o peru, o panetone e as frutas secas, sempre estão presentes na mesa. Você sabe de onde vem o costume de servir estes alimentos na noite de Natal? Descubra aqui!
Peru: Ave especial 
A tradição de servir a ave em grandes ocasiões teve origem nos EUA. Antes da colonização inglesa, os índios norte-americanos serviam o peru, principalmente nas épocas de colheita, como uma forma de comemoração. Esses povos sempre serviam peru em oferendas e o considerava um símbolo de fartura, por ser uma ave grande capaz de alimentar a muitos. Essa tradição foi adotada pelos ingleses, que passaram a servi-lo nas datas especiais. Ele é, também, o prato principal do Dia de Ação de Graças, um importante feriado norte-americano. Aqui no Brasil, o hábito de comer o peru no Natal foi incorporado às nossas tradições a partir da década de 1930.
É justamente porque é um prato capaz de alimentar a muitos, que não pode deixar de falta numa bela Ceia de Natal Brasileira. 
Panetone: Não dá para resistir Esta delícia foi criada na Itália, mas há várias versões a respeito de sua origem. A mais romântica conta que, no século XV, um jovem milanês chamado Toni, apaixonou-se por Adalgisa, a linda filha de um padeiro, que não aprovava o namoro. Para conseguir ficar perto de sua amada e impressionar o velho padeiro, Toni empregou-se como ajudante na padaria. Lá, criou um maravilhoso pão com frutas, de extrema delicadeza e sabor especial. O formato do pão, totalmente diferente, imitava a cúpula de uma igreja. O jovem presenteou com o pão o futuro sogro e assim conseguiu a tão sonhada permissão para se casar com sua amada. O sucesso da receita foi imediato e a iguaria passou de Pani di Toni (Pão de Toni) a ser conhecida como Panetone.
Outra versão conta que um chef de cuisine chamado Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão, em 1395, criou um pão diferente para uma festa. A receita fez um sucesso incrível por causa do seu sabor rico e diferenciado. A partir daí, o hábito de comer panetone em grandes ocasiões foi incorporada às tradições natalinas italianas e, depois, em todo o mundo.
Frutas secas O costume de servir frutas secas na ceia de Natal é antigo. Surgiu em Roma, antes mesmo do cristianismo, como parte das celebrações do “solstício de inverno” (a noite mais longa do ano, quando a Terra atinge o ponto mais distante do Sol. No hemisfério norte, esse fenômeno acontece por volta do dia 21 de dezembro). Naquele tempo, era tradição presentear adultos e crianças com uvas, tâmaras, ameixas ou pêssegos desidratados. Mas as frutas secas também tinham um significado singular. Para os supersticiosos romanos, elas representavam a abundância e a prosperidade, e eram amuletos contra a fome e a pobreza.

Confira quanto você sabe sobre o significado e a história das festas natalinas com este teste elaborado por Vinícius Queiroz Galvão, 27. Repórter de política da Folha Online.

Imagem cedida pela Perdigão
Outros Alimentos

Chester
Foi criado nos anos 80, pela Perdigão, para ser uma alternativa mais barata ao peru. O Chester não é nome de um animal, mas de uma marca criada pela própria empresa. Ele é fruto de um cruzamento de linhagens especiais de aves e tem bastante carne: 70% são peito e coxa
Lentilha
Dizem que comer lentilha na virada do ano traz sorte. Esse costume chegou ao Brasil com os imigrantes italianos que acreditam no seguinte ditado: "Lenticchie a capod´anno franchi tutto l´anno", ou seja, "Lentilha no Ano-Novo, dinheiro o ano todo"
Rabanada
É uma tradição européia. Em Portugal, o doce é conhecido como "fatia de mulher parida", pois ele era dado às mulheres depois que davam à luz para aumentar a produção de leite. Esse prato teria surgido como alternativa para aproveitar os restos de pão duro, que eram jogados fora
Pernil
Também de origem européia, o pernil é mais comum no interior de São Paulo. Nessa região, dizem que, como o porco é um bicho que "fuça" a comida, comê-lo na passagem de ano faz a vida ser empurrada para frente. Diferente das aves, que ciscam para trás e fazem a pessoa regredir
Comida agridoce
Misturar frutas com comida é uma tradição brasileira, influenciada por costumes indígenas e africanos. O abacaxi com tênder, por exemplo, é uma criação do Brasil, já que o abacaxi é uma fruta local. Já as cristalizadas e uvas-passas tiveram origem nos países mediterrâneos


Outros Símbolos

Árvore
Antes que se difundisse dos países do norte da Europa para o resto do mundo, após a Primeira Guerra Mundial, a árvore fazia parte dos costumes pagãos dos antigos povos nórdicos. Eles consideravam o pinheiro um símbolo de vida porque permanece verde no inverno.
Papai Noel
Acredita-se que a origem do Papai Noel esteja ligada ao bispo são Nicolau, que viveu na Ásia Menor, no século 4º. Segundo a lenda, o bispo dava presentes às crianças pobres, deixando-lhes pacotes enquanto dormiam.
Presentes sob a árvore
O costume de pôr presentes sob a árvore de Natal começou durante o reinado de Elizabeth 1ª, filha de Henrique 8º, na Inglaterra, no século 16. Ela promovia festas natalinas e recebia muitos presentes. Como era praticamente impossível receber diretamente todos os presentes que lhe eram dados, adotou-se o costume de deixá-los sob uma grande árvore de natal montada nos jardins do palácio.
Cartões de Natal
Os cartões de Natal surgiram na década de 40 do século 19, na Inglaterra. O artista plástico e livreiro John Callicot Horsley, a pedido do então diretor do Museu Britânico, sir Henry Cole, criou desenhos natalinos em um cartão com espaço para escrever mensagens de boas festas.

Nas próxima postagens irei colocar uma receita de Peru de Natal, Tender Tradicional, Farofa de Castanhas e Rabanada.

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